Desde 2015 a situação de Minas vem piorando. O Governo do Estado abandonou a saúde e a educação. Exemplos disto são as cirurgias adiadas, a falta de medicamentos, o calote no transporte escolar e a falta de repasse de recursos que pertencem aos Municípios.
A saúde deve ser custeada pelos municípios, pelo Estado e pela União. No entanto, o Governo de Minas não está cumprindo sua parte. Não está comprando os remédios que lhe cabe comprar, não está realizando cirurgias e não está pagando o que deve a médicos e hospitais. Em consequência, as prefeituras estão cada vez mais estranguladas e os pacientes sem atendimento adequado.
Situação semelhante acontece com o transporte escolar. Os alunos da rede estadual devem ser transportados pelo Estado. No entanto, em Bom Despacho, desde 2015 é a Prefeitura que arca com estas despesas. O Governo de Minas deveria dar ao menos uma pequena contribuição, mas nem isto está acontecendo.
Com relação ao ICMS, a situação é mais grave ainda. Todas as semanas o Governo do Estado precisa repassar aos municípios 25% do que arrecada com este imposto. Mas faz meses que está repassando com atraso, pela metade ou até não repassando.
Enquanto o Estado de Minas faz propaganda na televisão dizendo que está tudo bem, a carta que a Associação Mineira de Municípios (AMM) mandou ontem (28) ao governador mostra a real situação:
Dívida do transporte escolar: R$ 160 milhões
Dívida da saúde: R$ 2,5 bilhões
Dívida do ICMS: R$ 404 milhões
“O cidadão e o Ministério Público costumam cobrar dos prefeitos a solução dos problemas. Mas, com um calote deste tamanho, não há como prefeitos cumprirem suas obrigações. O povo e o Ministério Público precisam conhecer o verdadeiro culpado do caos da saúde em Minas”, disse o Prefeito Fernando Cabral.

