Prefeitura Municipal de Bom Despacho

Atenção: as funções do site requerem que o Javascript esteja habilitado!
Ative-o e recarregue a página novamente.

BIQUINHA

BIQUINHA

BIQUINHA

A centenária fonte da Biquinha é uma bica instalada num paredão de pedra, cuja água foi captada em 1900. Localiza-se na área central, entre a Praça da Matriz e a Rua Lambari, na cidade de Bom Despacho. Devido sua importância histórica e cultural, a fonte foi tombada em 2007 pelo Decreto Municipal nº 3.375, e hoje se enquadra em um dos patrimônios históricos e culturais do município.

HISTÓRICO

A Fonte da Biquinha é uma bica instalada num paredão de pedra, cuja obra é de responsabilidade do italiano Padre Vigário Nicolau Del Duca. É um dos marcos iniciais da Vila de Nossa Senhora do Bom Despacho. Acredita-se que o local era usado para descanso de bandeirantes e aventureiros nos tempos mais antigos. A mina foi captada e inaugurada em 1900, doze anos antes da emancipação política de Bom Despacho, quando ainda era freguesia e sede de distrito de paz, integrando o Município e Comarca de Santo Antônio do Monte (RODRIGUES, 1968: 102). A fonte oferecia água pura e cristalina aos habitantes do povoado e, portanto, foi centro de socialização e trabalho entre a população local, principalmente as lavadeiras de roupa.

A água da Biquinha era conduzida em potes e latas pelos moradores da vila, que utilizavam para o abastecimento de suas casas. Segundo relata Jacinto Guerra, a Biquinha era o chafariz do povo e a fonte das lavadeiras. Foi local de grande movimentação durante a primeira metade do século XX. Lugar de lazer para crianças e jovens, de trabalho para as mulheres da região e, antigamente, de descanso para os bandeirantes que, segundo a crença popular, aportavam nestas paragens.

Em 1977 a bica d’água e o espaço ao seu entorno foram restaurados. A partir daí, o local passou a ser composto por uma praça, uma grande escadaria, espaço de lazer a céu aberto, muitas flores e um bambuzal (GUERRA, 1997: 19). Até 1977, as roupas era lavadas apenas com a água jorrada na bica. Contudo, a partir deste ano, a prefeitura construiu na praça da Biquinha uma dependência com vários tanques modernos para a lavagem das roupas.

Outras mudanças foram realizadas em 1992, quando foi incorporada à bica d’água uma placa em homenagem à memória de Letícia Coutinho Guerra, jovem bom-despachense, produtora cultural que colaborou com o desenvolvimento de vários projetos na cidade.

A centenária Biquinha localiza-se na área central, entre a Praça da Matriz e a Rua Lambari. Devido sua importância histórica e cultural, a fonte foi tombada em 2007 pelo Decreto Municipal nº 3.375, e hoje se enquadra em um dos patrimônios históricos da cidade.

Segundo um ditado popular da cidade, “quem come o biscoito da Mariquinha, e bebe a água da Biquinha nunca mais esquece Bom Despacho”.

Do conjunto arquitetônico da Biquinha, o elemento principal é a bica d’água, composta por uma cruz em posição elevada, tendo como base um bloco de pedras e concreto.

Na frente situa-se uma área circular com piso de cimento, rodeada por árvores, alguns bancos de jardins, bambuzais, flores e gramados. Na direção contrária, o terreno é elevado e estruturado com passeio em blocos de cimento, lavanderia e uma passarela ligando a Rua da Biquinha a Rua dos Expedicionários, além de escadarias.

Em 2018, por iniciativa da Secretaria de Cultura e Turismo, a Biquinha foi espaço para realização de um Workshop de Grafite, que contou com a participação do artista plástico ArteSeres, profissional renomado no campo. Através disso, os jovens participantes grafitaram suas artes nos muros ao redor da Biquinha, o que contribuiu para revitalizar o espaço. A partir daí, a Biquinha voltou a ser utilizada para outros eventos da cidade.

REFERÊNCIAS:

Livro de Ouro: Bom Despacho – 100 anos. Belo Horizonte: Escritório de Histórias, 2012.

GUERRA, Jacinto. Arraial da Senhora do Sol: história, cultura e turismo. Brasília: Edições Piraquara, 1997.

RODRIGUES, Laércio. História de Bom Despacho: origem e formação. Belo Horizonte: Imprensa Publicações, 1968.

GUERRA, Jacinto. Processo de Tombamento da Biquinha. 1999.