O Governo de Minas está parcelando e atrasando os salários de seus servidores. Agora, está obrigando as prefeituras a fazerem o mesmo. Situação é gravíssima. Municípios estão sem recursos para pagar professores. Municípios decretam calamidade.
Desde o ano passado, o Governo Pimentel vem retendo dinheiro dos municípios. Até mesmo o dinheiro do FUNDEB está sendo retido. Este é o dinheiro que os municípios têm para pagar os professores da rede municipal. Para compensar o calote do Governo Pimentel, os prefeitos estão sendo obrigados a retirar dinheiro de outras áreas.
O problema é que as outras áreas também já estão sem dinheiro. Pimentel não está repassando o dinheiro do transporte escolar, da saúde, do IPVA, do ICMS. No início de julho, a dívida do Estado com as cidades mineiras chegou a R$ 7 bilhões.
A Bom Despacho o Governo Pimentel deve R$ 11 milhões. Destes, pouco mais de R$ 2 milhões com a educação (FUNDEB), mais de R$ 8 milhões com a saúde, algumas centenas de milhares com a ação social.
Além de não entregar aos Municípios o dinheiro que lhes pertence, Pimentel também está deixando de cumprir suas obrigações com realização de cirurgias de alta complexidade e medicamentos de alto custo. Isto também está aumentando as despesas que os prefeitos são forçados a pagar.
Prefeituras começam a fechar as portas – por falta de dinheiro, São João Del Rei decretou situação de calamidade pública. A cidade de Padre Paraíso avisou aos professores que, a partir de agosto, não terá mais como pagar salários.
Se continuar assim, o Governo de Minas conseguirá fechar as portas de muitas prefeituras.
Em Bom Despacho, desde o início do ano a Prefeitura está pagando os professores com recursos próprios. No entanto, isto está ficando próximo de impossível, pois os cortes do Governo Pimentel estão aumentando mais e mais: “O último salário já foi quase todo pago com dinheiro da Prefeitura”, destaca a secretária de Educação, Ivy Lílian.
Por enquanto a secretária só cortou gastos do orçamento da Educação. “Cortei em tudo. Deixei apenas o que não pode faltar para os alunos: merenda, materiais escolares, de higiene e limpeza. Mas mês que vem, teremos que cortar em outros setores para conseguir pagar os educadores. Estamos comprometendo todo o planejamento que fizemos para melhorias na rede”, alerta Ivy.
Bom Despacho trabalha pesado para minimizar os efeitos da crise – para que os bom-despachenses sintam menos a crise, o Prefeito Cabral determinou que todas as secretarias sejam ainda mais cautelosas ao gastar. A prioridade é manter os serviços oferecidos à população. “Esta situação de calamidade vai se estender por todos os municípios. Se continuar assim, chegará a nós. Não temos como continuar bancando as despesas do Estado de Minas. Podemos esticar além de agosto, talvez além de setembro, mas não temos como seguir indefinidamente”, alerta Cabral.