No dia 1º de dezembro a coordenadora de Igualdade Racial de Bom Despacho, Graça Epifânio, participou de reunião para formular estratégias e metodologias para a realização do Censo 2022. Pela primeira vez, o censo contará com dados sobre as características demográficas, sociais e econômicas das comunidades quilombolas do país. A reunião aconteceu em Brasília com representantes da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq) e técnicos do IBGE.
Os povos remanescentes dos quilombos, lugar para onde iam grupos de escravos que escapavam de sua situação de cativeiro, são reconhecidos pela Constituição de 1988 como portadores de direitos territoriais coletivos. Segundo pesquisa desenvolvida pela USP, no Brasil há ao menos 2.715 territórios quilombolas. Bom Despacho tem dois: Carrapatos da Tabatinga e Quenta Sol.
O Censo 2022 começa em junho de 2021 e aplicará um questionário específico para esses povos remanescentes. Essa ação é fruto de uma parceria entre Ministério dos Direitos Humanos, por meio da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), com a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas, a Fundação Cultural Palmares, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e o Fundo de População das Nações Unidas.
